miércoles, 12 de diciembre de 2007

Prazer, eu (ou Esquizofrenia sinfônica)

Na vida era feliz, em partes, ia no cinema ver filmes que ninguém via, achava-se especial por ler o que ninguém lia e pensar o que todos discordavam. Dizia-se contra o mundo e pensava em soluções liberais, não seguia muita coisa, o que as pessoas chamam de alternativo, mas alternativo a que? Existem vários ditos alternativos e todos eles vestem-se igual, pensam igual, então até os alternativos são um mesmo grupo. Não compreendia nada do mundo e o simples descobrir de algo de si mesmo já era uma grande vitória, comemorava por dentro, e como cada um tem seu mundo - ia montando o quebra-cabeças e tendo a sensação de completo, mas estava errado. Do nada, perdido, encontrou um cara bem mais velho, careta e cabeça dura, e esse dizia: "Muito prazer, eu sou você e eu só quero ser seu par". Isso renderia muito entre os psiquiatras: o eu e o mim-mesmo. O Id e a sombra do super-ego. Aparentava e realmente parecia que era o fim, e tudo ficou confuso. Tente compreender, 1ª pessoa.