Desilusão sertaneja

Vou ser padrinho de casamento de um grande amigo meu - apesar de não ser religioso, esse convite me deixou muito feliz. Sempre me senti triste por ser excluído na hora da escolha desse título por familiares e amigos. Agora esse "trauma" foi retratado. Finalmente tenho um compadre e uma comadre!

Pela dignidade: Trabalho

Já fui animador de festas, garçom, segurança, cerimonialista, estoquista, operador de telemarketing, corretor de imóveis, assistente de publicidade, supervisor de vendas, auxiliar de escritório. Hoje sou escrevente e professor. Conheci muitas pessoas boas, vários lugares. Sempre precisei de renda para me sustentar, já que optei por um caminho de relativa independência. Contudo, em nenhum emprego fiquei mais de um ano. Estabilidade não conheço, apesar de nunca ter faltado emprego para mim. Agora tenho a oportunidade de construir uma carreira e lutar pelo que sempre acreditei e passar tudo que quero para o mundo e para o futuro. Falta só mais uma etapa.

Cidadão livre

Depois de várias decepções sobre as instituições e instrumentos que organizam a realidade e inúmeras reflexões sobre tal fato, decidi contrariar o meu maior mestre: Paulo Freire. Segundo o Mestre, todo professor deve ter um posicionamento sócio-politico e pode, inclusive, expor em sala de aula para debates. Entretanto no meu entendimento como filósofo (também), devo estar livre de paradigmas e dogmas para compreender melhor o que quero transmitir para os meus companheiros cidadãos brasileiros. Dessa maneira, não participo de nenhum conselho, sindicato ou partido político. Nenhuma seita, culto ou religião e não faço parte de nenhuma sociedade civil organizada. Eu penso que a imparcialidade não é digna e a exposição de ideias é ética em qualquer sentido. Contudo, faço isso por motivos que me parecem claros - e explicarei todos neste espaço mais adiante -, basta apenas tirar as vendas e observar o mundo com calma.

A vida

Me posicionei neste espaço virtual há alguns anos a favor do direito ao aborto pelas mulheres brasileiras. Essa ideia vem de algumas várias reflexões minhas e continuo com ela. Entretanto, admito que seja um tema que deve ser discutido de forma ampla. Enfim, essa semana o Supremo Tribunal de Justiça está envolvido no debate da legalização do aborto para fetos anencéfalos. Ora, se os bebês não tem chance de ter uma vida (tendo como base que não é possível viver sem este órgão), qual o problema da mãe ter o direito de interromper a gravidez para não prejudicar sua saúde e tentar um tratamento para ser mãe novamente? Contudo, as mães que quiserem continuar a gravidez por motivos pessoais ou religiosos - que seja -, podem continuar com a gestação, sem problemas. Afinal o Tribunal não vai obrigar as mães a "matarem" seus filhos. Essa questão me parece muito simples e não compreendo a polêmica nesse sentido.

"O meu corpo viraria Sol. Minha mente viraria. Mas só chove, chove"

Queria ter feito esta metáfora, pois é a mais bela. Entretanto, é esta metáfora que está me fazendo. Nem mesmo a melhor notícia que recebi nos últimos anos consegue melhorar esse tempo ruim que estacionou sobre minha vida. Até a moça do tempo do telejornal está preocupada. A tranquilidade que sempre busquei nunca vem e quando chego perto... Quando consigo sentir o cheiro do mato, os relâmpagos começam a surgir, sopra aquele vento lateral e não tarda a vir a tempestade. A Climatologia básica do eu. A tempestade que tenho consciência que está no copo d'água da minha cabeça e não consigo superar com meu barco de pescador - para enfim chegar à calmaria.

Que merda!!! Estou boqueado. Não consigo transmitir nada de bom para a Energia e para o mundo.