viernes, 14 de diciembre de 2007
Idéias e crenças (ou Transcendentalidade denotativa)
Sempre tive muita briga comigo mesmo no tentar me entender, no sentido da fé. Acho que se a questão da fé passasse pela razão crítica, eu até teria fé, eu tentei, mas confesso que não consegui. É uma idiotisse ter uma base para poder acreditar, mas comigo funciona assim, muito talvez pelo medo das manipulações que são escondidas pelas diversas coisas mundanas - dai como quero ser um sujeito um pouco fora disso (o ideal seria completamente fora) para poder lutar contra isso na minha vida fico com esse receio. Adimiro muito as pessoas que não precisam disso, tem sua fé em si, nua e crua, serena e plena. "As idéias se tem nas crenças se está", como diria o filósofo Miguel de Unamuno, ou seja, não precisa necessariamente de fundamentos científicos e filosoficos para se justificar na vida. No fundo acho que quando eu morrer, ficará meu cadáver que vai se desfazer, voltar ao mundo. E não quero ficar fugindo, correndo de tudo isso, como Forest Gump. Pois acho que meu corpo vai, mas ficaram todas as idéias e lembranças que contruí no mundo e seria -ou teria- um desgosto profundo se morresse simplesmente e pronto e acabou, e não deixasse nada para o mundo, seria a maior tristesa. Por isso quero apenas trabalhar para todos, para deixar impresso em cada ser da Terra, não por vaidade (juro), algo de bom, de construtivo. Sim, acho que é isso. Por isso sigo, não independente por simplesmente não ter fé, mas cheio de Energia e esperança que seria o que chamam de porto seguro pra mim e vou construindo pouco a pouco como um poeta parnasiano ao longo desses anos de dita vida.