Waking life

"O pesadelo" (Nachtmahr) de Johann Heinrich Füssli, 1781, Óleo sobre tela.

Há muitos e muitos anos eu não tinha um pesadelo, isso é uma ocorrência rara na minha vida. Por alguma razão, quando meus olhos abrem eu me esqueço automaticamente de tudo que aconteceu em meus pensamentos subconscientes durante a noite. Não lembro de nenhum sonho, com poucas excessões. Dessa forma, a questão é: como eu sei se tive um pesadelo ou não?. Isso eu consigo sentir, lembro se foi bom ou ruim. Normalmente meus sonhos são normais, como se eu estivesse vivendo naturalmente - sem lombras, ações cotidianas. Talvez minha vida na Matrix Porém, essa noite tive um pesadelo terrível: Não me lembro direito, estava em um lugar aí acontecia uma coisa muito ruim comigo. Aí eu acordava e estava em outro lugar que também acontecia uma coisa ruim. E ia acordando em lugares diferentes e em cada um deles me livrava por muito pouco ou era alvo de algo trágico. No último, eu pulei da cama como nos filmes. Fiquei sentado. Logo fiquei de pé. Finalmente estava no meu quarto, onde (supostamente) era a realidade. Estava todo suado, tremendo. Tomei água. De fato estava acordado. Queria saber se isso tem algum significado, mas tenho medo de saber.

PV nas Eleições 2010

Os meus pensamentos sobre a dinâmica política na história da humanidade sempre fizeram parte deste espaço virtual. Atualmente vivemos um período de eleições no Brasil, onde fervem os sentimentos sociais, misturados com grandes farsas paternalistas e palhaçadas populares. Acho extremamente rico todo esse teatro, sobretudo para o fortalecimento da reflexão do pensamento crítico e democrático. Durante alguns meses observei alguns possíveis candidatos ao meu voto e finalmente hoje cheguei a conclusão em quem vou votar em todas as instâncias. Quem são? Nessa reflexão que acabo de citar, penso que o marketing político e as pesquisas eleitorais são o câncer da democracia e, consequentemente, das eleições - muito mais do que os candidatos despreparados e 'corruptos', como costumamos chamar a classe. Então, sem nomes e sem propaganda. Espero que de presente de aniversário eu ganhe um Brasil com bons administradores eleitos pelo pensamento racional do povo para o povo.

No ritmo do tempo

O destino é inevitável e implacável. Ditado pelo ritmo dos tambores do tempo ele segue em sua jornada tortuosa - no caso do meu destino, muito tortuosa - dando graça à vida das pessoas. Chora agora, ri depois: meu destino é assim. Sempre criando situações inusitadas e que eu não consigo me livrar sem um grande esforço. Me perco e fico confuso, pois sou péssimo em escolhas. Ainda mais quando as escolhas envolvem, sempre, a vida de outras pessoas (que também tem seu destino, tempo e sonhos). Essas reviravoltas e travessuras do tempo me mantém vivo, agitam minha vida assim como a Energia mantém os átomos e toda a matéria e anti-matéria do universo ativas. Porém, o que me faz me sentir mais sujo é magoar quem eu gosto na linha do destino. Quando acordei hoje de manha, fiquei pensando e cheguei a conclusão de que já magoei quase todas as pessoas que eu realmente me importo. Eu sou sujo, então. Estou me sentindo enjoado e podre, meu estomago dói. Mas a vida é só uma e vou enfrentar todos os eventos. Tenho que pensar mais em mim. Pegar as rédeas do meu destino (in)domável e cortar ele de esporas para seguir em frente.

Vocês vão ter que me engolir

Sempre quis estudar em uma Universidade Federal, porém nunca fui aceito pelo sistema sujo que elas propõem - permitindo o acesso apenas das elites. Porém, eu ralei bastante e, seguramente, só eu sei o que passei para receber a notícia que chegou hoje na minha caixa de entrada: "Matricula confirmada". Agora sou estudante do curso de Sistemas de Informação Geográfica da Universidade Federal do Paraná. Quero apenas dizer que vocês vão ter que me engolir agora, federais. Ainda vão ter que me chamar de Doutor em um futuro não tão distante. Suas putas, eu não tenho dinheiro - mas tenho o que realmente importa!


Queria colocar isso pra fora tem muito tempo.

Se Deus é homem, ele gosta de mulher

A sacada do quarto que estou dorminco fica de frente para uma Igreja: a Assembléia de Deus. Fico sempre reparando os cultos aos domingos, tomando açaí - acho super legal. Cheguei a conclusão de que as saias das evangélicas a cada dia ficam menores. Antes tinhamos aqueles saiotes ridículos abaixo do joelho com um corte atrás para elas poderem andar com um pouco menos de dificuldade. Ontem tinha uma filha de deus com uma saia com quase um palmo acima do joelho! Refleti. Penso que em 2012 as irmãs vão para o culto de biquini. Isso, de fato, seria o fim do mundo.

Dia do fico

Hoje fui convidado a ficar mais um tempo aqui em Marabá porque eu trabalho muito bem pelos meus serviços prestados e decidi ficar até o dia 28 de Setembro. Mais um tempo longe da minha cama e das pessoas que eu gosto. Porém, dia 4 estou indo pra Brasília ver o povo que se importou comigo e resolver meus problemas. Tinha muito medo de ficar preso aqui, mas pensando melhor vai ser importante profissionalmente, além de ganhar um extra que vai servir pra muitas coisas se eu não gastar tudo com cachaça como pagar meus cursos e enfim, isso é uma conversa pra outra hora. O pior é que eu até que gosto dessa esculhambação dessa cidade, dessa loucura. Brasília é tudo muito certinho, numerado - enche o saco as vezes. Então, eu sou é do Pará!

Mundo injusto

As palavras estão perfeitamente encaixadas na minha cabeça. Mas agora, escrevendo aqui, tudo ficou muito embaralhado. Assim como a minha vida nos ultimos tempos. Me enrolei como se tentasse me desprender de uma teia de aranha gigante e a cada movimento que faço fico mais preso. Não consigo me desvenciliar. Na verdade, a frase certa - que cheguei a conclusão em uma conversa com uma amiga - é: Não consigo me organizar. Estou aqui no norte com saudade de Brasília algumas pessoas que moram em Brasília. Sendo que essas pessoas, quando eu estava lá nem tinha tanto contado. Também tenho vontade de ir pra Minas Gerais, mas se for não terei o que eu quero. Quero ir pra São Paulo mas tenho medo de ser engolido por aquele mostro e não dar certo e ter que voltar com o rabo entre as pernas. Tenho vontade de largar tudo. Tenho medo de deixar tudo pra trás. Na verdade me sinto como se estivesse sem chão. E sem um espaço geografico para apoiar os meus pés, estou fora da realidade e sem identidade. Já disse que vou refletir sobre minha vida e vou fazer isso com dedicação. Organizar minha vida e ter metas. Inclusive uma notícia muito boa está vindo por aí...

Companheiro é companheiro e filho da puta é filho da puta

Quando a gente se distancia das pessoas que estão sempre perto de nós é que percebemos quem elas realmente são. Esse ultimo período é bem clássico e é quase um ditado popular. Certamente todas as pessoas tem seus problemas e suas vidas particulares para tocarem e seguir em frente - e não posso esperar que todos me deem atenção o tempo todo. Contudo, nas entrelinhas da distância e do tempo percebi quem realmente se importa comigo. Saber se estou bem ou feliz aqui (ou o contrário), o que eu faço aqui, ter curiosidade sobre minha estadia em outro lugar do planeta Terra. Resultado: Me surpreendi completamente. Ações em relação a isso: Refletir sobre minha vida e fazer mudanças drásticas a partir de agora. A caixa do restaurante onde eu almoçava me mandou um e-mail me perguntando como eu estava aqui; e um ser que considerava um grande amigo (daqueles melhores amigos) nem atende e nem retorna minhas ligações. Por mais que eu odeie o tempo, ele me ensina muitas coisas... Faz meu mundo girar, dá graça à minha vida. Mundança. Isso mesmo: Mudança!

Tudo o que eu penso sobre cinema foi batido no liquidificador da minha cabeça em um frenesi delicioso. Ontem estava sozinho na minha casa na casa onde estou morando. Na morgação da cama depois de comer um vatapá com tucupi resolvi colocar um filme que assisti faz muito tempo - acho que uns 9 anos: O filme era Central do Brasil. Puta que pariu, que filme foda. O melhor filme que o cinema mundial, em toda sua história, já produziu. A fotografia PERFEITA - cores, enquadramentos, transições -, roteiro e diálogos super bem pensados, a musicalidade e o Brasil mostrado de um jeito singelo e verdadeiro (não apelativo como de custume no cinema latino-americano). Tenho até que atualizar minha lista. Ainda estou com aquele primeiro encantado do filme, pensando nele toda hora. Como já disse aqui neste espaço: "O bom filme é aquele que começa quando as letrinhas começam a subir". Já ia me esquecendo da brilhante atuação dos atores como Fernanda Montenegro, Othon Bastos, Marília Pêra, Mateus Nachtergaele e outros. Central do Brasil. Bra, 1998, Walter Salles. Indicação para quem gosta da técnica da sétima arte assim como eu ou para ver em casa no Domingo com a namorada, amigos...

Mil e uma noites de amor com você

Nos momentos de angustias só você estava do meu lado e escutou meus desabafos. Em casa, no trabalho, na rua, em outras cidades... Você me conhece como ninguém. Porém, você é fofoqueira, espalha tudo que eu digo para todo mundo. Se eu estou louco, triste ou feliz - isso não importa mais, isso para mim tanto faz. A culpa é nossa. De palavras nem sempre tão sinceras ou bem interpretadas são feitas nossas discussões. Mas eu te amo, meu espaço virtual.

Pôr do Sol

Sábado estava na praia admirando o Sol se pondo aqui em Marabá - tirando algumas fotos. Percebi que esse era um momento que sempre me encantou inconscientemente. Na minha pasta de fotos, vi que tinha várias fotos de pôr do sol. Organizei todas em uma pasta (perdi a foto que eu mais gostava, não sei como... Puta que pariu)

Marabá - PA


João Pinheiro - MG


Alexânia - GO


Guará - DF

Fotografias: PV Mendes

Saudade que dói no meu peito me rói

A comunicação é algo incrível e nós - seres humanos - temos uma forma única de comunicação que é fundamental para minha existência. Derrepende meu mundo vira. Recebo proposta de emprego em Minas Gerais, para trabalhar no TRE nesse período de pré-eleições e na escola municipal e estadual como professor. Depois recebo outra proposta para vir para o Pará com a empresa na qual eu trabalho em Brasília (que estava começando a me integrar e desenvolver bons projetos). Tempo para pensar em que rumo seguir na minha vida, nessa decisão tão importante? Eu tive. Tive exatos 1 dia para decidir tudo isso. Fiquei louco, chorei, liguei pra todo mundo. Uma conversa de alguns minutos com o Carlos (não gosto de citar nomes no Blog, mas...) e ficou tudo exclarecido. Que conversa boa, esse rapaz é um filho da puta com as palavras. Decidi vir para o Marabá que é uma oportunidade única. Aqui encontrei trabalho, pessoas muito boas e a falta de comunicação. Aqui no meu quarto não tenho internet, não rola de fazer interurbano com cartão telefonico - 20 unidades = 3 minutos - e não tenho amigos de verdade por perto. Estou começando a ficar louco. Uma pessoa tão frágil, insegura e carente como eu não pode ficar assim por muito tempo. Estou lutando todo dia, aproveitando a oportuntunidade. O tempo tem que passar. O tempo que inspira este espaço virtual constrói, destrói e faz de mim o que sou. Saudade de todo mundo.

5 fatos de Marabá - PA

1. 37º é quando está frio;

2. Não se assuste com os nomes das comidas;

3. É proibido andar de moto com capacete;

4. Açai dá até em telhado de pedra;

5. Rio e praia é a mesma coisa.

Jack, Kate, Desmond e açaí

Minha mala está pronta: cheia de roupas, coragem, incerteza e embriões de desafios. Em uma semana tudo aconteceu muito rápido na minha vida. Consegui fazer escolhas sob muita pressão e penso ter escolhido o caminho certo. Marabá, no Pará é o meu destino. Fui convidado pela empresa para trabalhar por 30 dias nessa cidade onde estão construindo uma ecovila que nada mais é que um condomínio de luxo para os ricos falarem que são ecologicamente corretos do que um novo conceito em habitação, baseado na preservação e sustentabilidade sócio-ecológica do local. Meu voo - G31801 - parte hoje às 21h50 e estou muito ansioso com isso. Nem lembro como é viajar de avião. Hoje sonhei que caia na ilha de Lost e... enfim, imagino que vai ser mais ou menos isso que encontrarei lá... Aventura e vários desafios.

7 vidas

Já morri tantas vezes que eu já perdi a conta, em cada não-reconhecimento seu, em cada olhar indiferente que você me dá e a cada resposta grosseira no telefone. A escuridão sobe para minha cabeça e meu corpo diminui até eu ficar do tamanho de um nada, como se tivesse tomado uma pílula do Chapolin Colorado. Na minha cabeça vozes dizendo para eu esquecer tudo isso e seguir em frente, caminhando com minhas próprias pernas. Abre essa porta e baixa essa guarda, sou sangue do seu sangue e não deveria me tratar assim. Não sou cachorro de rua. Para de jogo e fale ao menos um pouco comigo.