Titulo original: Dia de Sexta, noite de Sábado
Direção, roteiro e prosa: PV Mendes
Ele abriu seus olhos. Ela abriu seus olhos. Ele porque acabou de acordar e ela porque tinha acabado de meditar em um parque da cidade que estava – falando em cidade, ele estava no centro de Recife e tinha que ir trabalhar, ultimo dia da semana e foi, pegou seu carro e saiu. Ela de férias em alguma cidade, na Itália e foi dar mais uma volta de bicicleta pela cidade. De repente como se algumas milhões de pessoas falassem suavemente: “whaaamm” na mente de cada um dos dois, tudo mudou. O dia. A noite. Ela foi em direção ao mar, chegando lá largou a bicicleta, tirou suas sandálias. Enquanto isso, ele sentiu algo estranho e largou seu carro no meio da rua, no centro, no engarrafamento, sem mais (nem menos) e correu para a praia desesperado. Ele chegou, parou, tirou seus sapatos, sua meia. Ela caminhava pelo mar, estava contente eu acho, afinal estava com um sorriso tímido. Ele mais apreensivo, como se uma agonia tomasse conta de sua Energia, dava alguns chutes nas ondas costeiras, e andava sentindo a água em seus pés. Ele pegou seu telefone e ligou para ela. Ela atendeu, ele disse que estava com saudade e deu uma coisa estranha e largou tudo pra ir no mar. Ela parou por um tempo, tentando processar, digerir – sorriu mais ainda, chorou. “Pois aconteceu o mesmo comigo”. Ele só queria dizer que a amava.