martes, 27 de noviembre de 2007

Sonho granulado em 35mm (ou Faça-me o favor)

Fui, noite passada, ao 40º Festival de Cinema de Brasília que esse ano torna-se um patrimônio cultural da cidade, num sei qual a graça - afinal, tudo nessa cidade já é tombado mesmo, né? Mas no fundo é importante para a preservação do Cine Brasília e da cena cultural-audiovisual brasiliense. Ontém foi o último dia da mostra competitiva de 35mm, o longa da noite: Anabazys era um documentário muito foda sobra a vida de Glauber Rocha, sobretudo os bastidores de seu filme A Idade da Terra. Esse documentário foi feito de forma brilhante por sua filha, Paloma Rocha. Adoro o Glauber, um gênio, o melhor cineasta, e esse documentário abriu minha visão sobre ele. Apaixonei. Recomendo à todos assistirem seus filmes. Um fato interessante aconteceu na platéia, nesse dia: Um ser gritou: "morte a película, vida ao digital". Obviamente os cult e aquele povinho metido a intelectual, bem característico da cidade o vaiou. E foi A vaia. Mas eu concordei com o infeliz. A película é muito cara, logo tornando o cinema caro e elitista. Com a Produção digital, todos nós com nossos celulares a cameras podemos produzir, fazer nossa arte, sonhar. E não só disponibilizar em Blogs ou no Youtube - Os festivais poderiam abrir para esse tipo de formato e mostrar a cara do cinema independente, popular, que é demais.