Na minha mente só se ouvia os violinos daquela música francesa, ditando meu sentimento que era refletida nos meus olhos. Não consigo disfarçar, esconder o que estou sentido. Está na minha cara - não vou continuar me fazendo de forte, fingir que estou contente quando na verdade estou destruído por dentro.
Já é madrugada e não consigo dormir. Começo a pensar em tudo que passou e começo a me descontrolar, chorar. Talvez seja imaturo em me abrir dessa forma, mas é preciso. Eu não tenho coragem de desabafar a minha falta com ninguém. O que os olhos não veem o coração não sente. Preciso me esconder de mim mesmo, mas onde eu vou, eu vou junto. Não consigo. Ninguém vai conseguir entender o que nem eu entendo.
O cinzeiro cheio cigarros pela metade, a garrafa do velho Chico Mineiro pela metade e o meu travesseiro (ou o travesseiro que sobra) são as únicas testemunhas das minhas noites de angustia. As evidências são claras. Acho que está na hora de crescer e assumir que esse sentimento não é tão fácil de existir. Vamos fazer o que tem que ser feito e deixar o orgulho de fora.
Alto aqui do quinto andar a vista do chão não é tão agradável aos meus olhos. Esse jeito triste de ter você longe dos olhos e dentro do meu coração é foda. Entretanto, consigo ver uma luz no fim do túnel e isso me mantém acordado neste pesadelo que quero sair de qualquer maneira. Apesar de adimitir que é o meu karma e destino. Desventura. Não quero piedade.
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