jueves, 13 de marzo de 2008
O barão das árvores
O príncipe filho do Barão foi buscar forças pra brigar na sua própria batalha, sua própria jornada. Deixou tudo pra trás e foi para a floresta. Largou a vida de um grande barão, prepotente. Como um barão das megacorporações, um gigante Golias do coronelado dos grandes e pequenos sertões de todo o mundo. Ele então foi, pisou num galho e nunca mais voltou para a terra. Andava dias e dias pelas folhas, buscando algum sentido para a vida. Passou anos na floresta. Encontrou um ninho para viver, com sua mulher - sentia-se feliz. Lembrava do seu último dia quando almoçava com seu pai na enorme e luxuosa fazenda e gritou que não queria mais aquilo. Não queria mais os minérios do pai, a vida do pai, os segredos do capital. Achava um emaranhado de arame farpado, no qual estaria enroscado firmemente por entre eles. Foi para as folhas e encontrou-se, feliz. Caminhos tortos nem sempre não errados, veja os galhos das árvores do Cerrado, ou as palavras virtuais desse blog.