viernes, 7 de noviembre de 2008
Litocefalia
Em um posto de gasolina no meio do nada, no sertão de Minas Gerais, estava eu. Neste momento já esperava longas 5 horas pelo ônibus com destino para Brasília. Uma grande tempestade que acontecia impedia que as ondas de rádio do estádio do Maracanã chegassem ao meu aparelho de pilha para que eu alegremente gritasse o gol do meu time sobre nosso principal rival que estava acontecendo no momento em que tive uma reflexão inesperada. Obviamente que naquele momento não percebi o significado do pensamento, estava apenas preocupado em xingar mentalmente tudo e todos com as palavras mais baixas que rebuscava na memória por não estar assistindo ao grande clássico dos milhões. Esse pensamento veio quando estava cansado de sentar, cansado de ficar em pé, cansado de esperar e cansado de cansar - olhar para o céu e ficar amedrontado e maravilhado pelos raios que eram disparados loucamente com a tempestade, fazendo formas majestosas e irônicas, que ora imaginava como um rio e seus afluentes, formando várias bacias hidrográficas no céu, ora como Zeus indignado descarregando sua raiva ao ver o quanto nós mortais somos podres. Era o que eu fazia comendo pães de queijo. Os "extra-terrestres" são realmente incríveis, me veio em um surto. Seria muito bom conhecer algum ser que não seja a base de carbono e formado por celula(s). Seria melhor ainda se esse ser pudesse se comunicar comigo e fundamental que um grupo destes seres desejasse morar na Terra. Se isso acontecesse o mundo seria muito feliz. Esse pensamento mudou tudo.