jueves, 27 de mayo de 2010

Ciúme

Brasília, não fique com ciúmes de Minas. Do seu solo ácido brotei e aprendi a te amar, mesmo apesar do seu jeito difícil. Conheço todas as suas cidades, todas as suas paisagens - Das imponentes chapadas aos vales dissecados, passando por zonas de dissecação intermediária. Ao seu clima semi-úmido me adaptei, haja fogo ou frio, chuva ou seca. Seu design metido e arrojado conquista os olhos de quem vem de fora. A ilusão é sua sina, assim como a minha. Conheço suas mulheres com suas frescuras e soberba. Sua dinâmica social espanta, centro e periferia em contraste/conflito. Conheço todos os seus sutaques, seus povos, sua mistura. Brasília. A prometida terra de todos, que não é de todos, mas é de todos (não pode-se negar). Tudo isso me encanta, assim como seu céu na manha. O Cerrado é meu habitat, na sua biodiversidade, tenho meu amigos inter-espécie. Seu concreto criou formas que fazem minha identidade: Rodoviária, flor do cerrado, w3 sul, rodoferroviária, Conic... Talvez por você ser tão complicada, eu tenha cada dia mais carinho e amor por você. Não sei se te pertencerei por toda vida, mas saiba que sempre trabalhei e contrubuí para seu crescimento. Você não me deve nada por isso. Afinal, somos um só.

martes, 25 de mayo de 2010

¿Qué hora son mi corazón?

Que horas são em Havana?
Que horas são em Moscou?
Que horas são em Pequim?
Que horas são na Cidade do México?
Que horas são em Pyongyang?
Que horas são em Hanói?
Que horas são em Budapeste?
Que horas são em Varsóvia?
Que horas são em Vientiane?
Que horas são em Anuradhapura?
Que horas são em Argel?
Que horas são em Caracas?
Que horas são na Guatemala?
Que horas são em Brasília?

Dizem por aí que estamos errados no relógio de Londres; atrasados no relógio de Nova York; e com fusos contraditórios no relógio de Tóquio. Na verdade, estou preocupado e confuso em saber que horas são no meu coração.

martes, 18 de mayo de 2010

E é você quem vai dizer o que vai ser de nós (Aos olhos de quem está de fora parece novela)

Sei o que está acontecendo, novamente estão falando que eu não valho um centavo, que não presto para o amor. Mas eu não ligo para o falatório desses invejosos - que, inclusive, quando morrerem terão que ter um caixão extra apenas para a língua que mal cabe na boca e vive a proferir bobagens na falta de algo mais importante pra fazer. O povo fala. Nessa fala que vai passando de possoa para pessoa já criamos vários deuses, lendas e histórias que acriditamos plenamente ser verdade hoje - instituindo religiões e tudo o mais. A fala do ser humano afeta gravemente a vida de todos. Você não percebe a maldade (ou não) dessas falas alheias e acaba por se influenciar por isso. Tudo depende só de você. Penso até estar sendo chato em repetir isso. Mas enfim, não estou nem aí, se quer saber. Vai falando mesmo, é bom que até faz minha fama. Enquanto isso, o povo fala e nóis namora, como diz Zezé. No entanto, a língua grande desse povo fazendo fofoca vai acabar com toda humanidade e a nossa vida...

martes, 11 de mayo de 2010

CSI: Brasília

Apesar de ter deixado várias evidências, o crime foi perfeito. Fui levado pra longe, em um precipício que dava vista para toda a cidade de Brasília. Era denoite, fazia frio - havia um clima de despedida. Foram deixadas várias digitais no meu corpo, fios de cabelo, copos de sorvete, suor e marcas pelo corpo. Foi fácil identificar que foi você que fez isso comigo, sempre foi. Desde o primeiro momento que eu te vi eu sabia que ia ser assim. Era forte demais, assustador demais. Mas esse perigo me fez aproximar mais de você, até se tornar irreversível. Agora não tem mais volta, o que está feito está feito. Minha vida agora não pertence mais só a mim, o seu crime tirou isso de mim - foi um assassinato. Mas não reclamo, morro feliz a qualquer hora, pois meu coração está sempre calmo quando estou com você.

miércoles, 5 de mayo de 2010

Pierrot le fou

Eu errei, todo mundo erra. Contudo, percebi meu erro e mudei. Mudei de verdade. Não poderia perder a unica coisa que me mantém vivo por vacilo meu. Não adiantou. A cabeça do ser humano é muito complexa e manipulável para aceitar desculpas. "É o orgulho que irá nos matar", disse ele outro dia. Eu abri a janela mas o céu não aparecia, não consigo ver as cores de lá fora. A realidade é que eu não consigo nada. Essa solidão vai me matar de dor. Eu estou por aí...